Portugueses suaves



Escreve um jornal de referência que não vamos citar nas suas páginas hoje:

Comecemos pelos telemóveis, que apenas estão banidos no balneário e nos momentos que antecedem os jogos ou nas palestras do [Scolari]. No autocarro da selecção, nas deslocações de e para o hotel a sua utilização está liberalizada. O mesmo sucede com as músicas escutadas no interior da viatura. Ninguém está obrigado a escutar o que for colocado na aparelhagem sonora do autocarro e todos estão livres de usar os seus ipods...

Scolari é apologista de algumas sessões de diversão em grupo. Por isso organiza uns bingos de quando em vez e promove umas sessões com cartas, setas, matraquilhos ou snooker em que todos participam

não há restrições para que os atletas recebam familiares no hotel. Isto desde que antes de anoitecer deixem as instalações. É que os dias de folga existem precisamente para satisfazer alguns prazeres íntimos. Scolari já não se mete no que cada um dos seus faz quando goza a folga habitualmente concedida depois de cada jogo

(esta parte, para quem não tenha percebido, era sobre sexo)

ninguém está obrigado a ir para a cama e contar ovelhas a saltar cercas para adormecer cedinho. DVD, playstation ou a leitura de livros e jornais podem prolongar a noite até quando cada um achar por bem.

Sobre o consumo de tabaco, não há norma estabelecida. É certo que nenhum dos internacionais portugueses é fumador compulsivo, mas não é segredo para ninguém que o cigarro não é encarado como um objecto não identificado por alguns. Scolari só não quer ver...

Calculo que o autor da história só não fala em putas, drogas e vinho verde porque já não havia espaço.

Mas então, o retrato dos nossos Scolaris: fuma, bebe, está ao telemóvel sempre que lhe apetece, vai para a cama tarde, está o dia todo a coçar os tomates e a ver filmes ou a jogar na Playstation, quando está virado para isso dá-se ao trabalho de ir jogar bilhar ou setas. Ernesto, tu podias ser um jogador da selecção!