Onde está o Crouch-o-tron?

Sabem o que está a fazer falta a este mundial? Golos celebrados como deve ser. O Mundial sempre foi um sítio para inventar celebrações originais para golos; foi aqui que o Bebeto inventou aquela (lamentavelmente usada em excesso entretanto) do "embalar o bebé", foi no Mundial que o Yekini fez a do "rezar a Alá agarrado às redes da baliza", foi no Mundial que a selecção dos Camarões criou o "cão que faz xixi na bandeirola de canto".

A FIFA proíbe sair fora do campo, proíbe tirar a camisola, proíbe saltar para as bancadas, e corta assim uma parte importante do jogo. Ainda assim, vai havendo algumas - como as do avançado inglês Peter Crouch, que nos amigáveis de preparação inventou o Robot:



Pois estive eu três horas à espera que o Crouch-a-Tron marcasse ao Paraguai ou aos Tobagos, e quando finalmente ele marcou... Não houve Robot! Ora bolas!

O pior é que os brasileiros, que costumavam ser os reis disto, jogam agora à europeia e mesmo o Kaká quando marcou nem um sambinha nem nada, optou pelo método tradicional de "vamos correr como uma catraia piquena pelos bosques até saltarmos todos uns para cima dos outros num ritual um bocado homoerótico".

Enfim, muito pobre até agora. Os únicos a fazer um esforço foram os do Togo, no seu único golo até agora:




Mas as equipas africanas vão todas de vela, portanto não há grandes esperanças. Até ao fim do Mundial, o mais que temos em termos de celebrações é o avião do Pauleta.