terça-feira, junho 13, 2006

É favor não repetir as seguintes bacoradas:

*Que a itália é "cínica", que joga sempre no catenaccio, que é "calculista", que "assim que se vê com 1-0" defende. Completa treta: a Itália é a única selecção neste Mundial além do Brasil a jogar com três avançadas.

*Que as equipas africanas são "ingénuas", que têm um futebol "bonito", "alegre" ou, pior de tudo, com "perfume africano", mas cometem "erros infantis na defesa", porque são "inexperientes". Isto é o racismo paternalista no seu pior. É a lógica do "são pretinhos, por isso não têm cabecinha". Tudo uma treta: se as equipas africanas andam a perder os jogos todos, não é por "inexperiência", é porque jogam pior que os outros.

*Que os árbitros beneficiam os países grandes. Treta de cabeças pequeninas. Até agora, os únicos erros claros dos árbitros foram um golo mal anulado à Argentina, e um penalty roubado ao Japão. Ambos países mais populosos, mais ricos e com mais tradições no futebol que os respectivos adversários (Costa do Marfim e Austrália).

*Que a selecção do Scolari é a "equipa de todos nós". Mas pronto, desta eu já desisti.


E fora isto, uma homenagem ao treinador do Togo, Otto Pfister, que ganha até agora o prémio elegância deste mundial, com a sua camisa listada:

Desculpa Vostra, mas os Kims eram fortes demais

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